quinta-feira, 7 de maio de 2009

OS DILEMAS MORAIS

Os dilemas morais apresentam-se com freqüência em nossas vidas. Todos os dias precisamos tomar decisões, escolher um lado.
É claro que não se trata de nenhum dilema, ao menos moral, escolher entre passar manteiga ou patê no pão de nosso café da manhã, porém, é geralmente na mesmice do dia-a-dia dos milhões de pessoas comuns, que os dilemas morais se apresentam. Geralmente também eles surgem sob a máscara de uma oportunidade imperdível, um favor a alguém próximo, uma mentirinha ou um engano forçado e tantos outros. Mas quando este pequeno ato, que se imaginou passar despercebido, começa a se desdobrar em conflitos, constrangimentos, medo, vergonha, ilegalidade e principalmente arrependimento, é que percebemos a proporção que pode tomar uma simples decisão.
É claro que nós, pobres mortais, que não temos nossas vidas expostas ou em evidência contínua, também podemos nos deparar com uma situação, em que o dilema moral é tão claro que tem uma repercução social intensa. Pode ocorrer em situações diversas como participar do júri de um caso complexo, onde as provas contra o réu não são ou não parecem encerrar o caso, ou este réu, por seu crime, conta com a simpatia da sociedade.
O texto “O dilema do antropólogo francês”, a meu ver entra na primeira situação, onde ele acredita na isenção, é um pesquisador e provavelmente está acostumado a medir seus procedimentos por resultados imediatos e por este motivo, mentiu em uma situação que sabemos, historicamente tem prejudicado a humanidade e subjugado vários povos.
Estes estudos são muito importantes, não só para que sejamos capazes de argumentar, mas para que possamos também olhar para dentro de nós, avaliando e reavaliando nossas decisões e à proporção que elas podem tomar em nossas vidas, nossas famílias e a sociedade.
Pensem! Que bom seria, se a coletividade pudesse pensar com esta profundidade seus atos ou omissões. Com certeza os problemas ainda existiriam, pois educação e cultura não significam garantia de moralidade, mas ajudaria e muito as pessoas que de forma ingênua ou ignorante, consideram assaltos a banco, assassinatos, estelionatos, latrocínios, etc. como crimes e como normal vender o voto por cesta básica ou por um emprego, influenciar alguém de forma negativa, para se beneficiar ou prejudicar outrem.

Um comentário:

Gláucia Henge disse...

Olá Salete! Você coloca "que bom seria se a coletividade"... realmente você tem razão: encarar os dilemas morais com a seriedade e criticidade que eles exigem cabe todos nós... Então fica a questão: qual o papel da escola nisto? E da família? E da mídia?

Abraços.