domingo, 24 de maio de 2009

VALE A PENA VER DE NOVO

Que interessante foi assistir o filme “O clube do Imperador” ! Não o conhecia, nuca tinha ouvido falar nele, que pelo nome me sugeriu ser algo referente a Roma antiga ou coisa assim. Na verdade não estava de todo errado meu pensamento, já que se tratava de um filme que se passava em outra época, numa escola tradicional para rapazes, com disciplina e professores rigorosos, buscando preparar os jovens alunos não só para as provas, para o futuro, etc., mas para um concurso de história antiga que colocaria o nome do vencedor em destaque na história da escola.
Mas o que teria isso a ver com nossas reflexões sobre conflitos morais e valores morais universais?
A trama do filme mostrou que tudo!
Que situação ambígua! Para transmitir valores morais a um aluno, corrompe – se a própria moral e prejudicam-se outros alunos!
Mas o filme não traz grandes vilões, personagens caricatos de uma trama de ficção, apresenta sim um professor apaixonado por sua profissão e que se sente completamente responsável pela formação de seus alunos, sendo capaz de cometer erros gravíssimos em nome da recuperação do caráter de um aluno.
Como disse na postagem anterior, os dilemas morais podem apresentar-se em nosso cotidianos de forma muito comum, quase natural, o que realmente vai dar-lhe status de grande problema, é a forma com que o resolvemos.
Duas frases são citadas no filme que poderiam resumir minhas colocações sobre este assunto: “O fim depende do inicio” e “ O caráter de um homem é o seu destino”. Não podemos esperar que algo termine bem se foi iniciado de forma torta e muito menos podemos esperar que nossos destinos tenham rumos inversos aos de nosso caráter.
Isso não significa que por cometermos um erro, sejamos mau caráter ou que alguém com valores morais diferentes dos nossos seja incapaz de atitudes moralmente corretas. Mas é preciso estar atentos aos desvios de conduta que freqüentemente somos tentados a ter.
O professor do filme vivia em outra época, em outro país, com uma história de vida diferente da nossa, mas esteve exposto aos mesmos sentimentos que influenciam a maioria dos professores: o amor a profissão, a vontade de transformar tristes realidades em futuros brilhantes e principalmente na ânsia de prolongar sua existência e suas paixões através da mente de seus alunos, o que nos faz por vezes cometer erros, injustiças e excessos.


2 comentários:

Geny disse...

Querida aluna Salete Chagas Schimidt!
A partir de hoje vou fazer parte dos comentários no seu portfólio.
Os seus registros são muito interessantes, apresentam clareza de idéias, objetividade, coerência com os subsídios das Interdisciplinas do Curso, com reflexões e questionamentos importantes.
Obrigada por suas postagens!
Um grande abraço,
Professora Geny Schwartz da Silva
Tutora Seminário Integrador VI
PEAD/FACED/UFRGS

Gláucia Henge disse...

Olá Salete! Sua reflexão sobre o filme está muito interessante. Realmente ele traz uma série de relações diretas e muito próximas à nossa realidade em sala de aula. Fica a questão: em que este filme contribuiu na sua prática e reflexão pedagógica?