sábado, 28 de junho de 2008

CAMINHANDO...

Neste semestre tivemos experiências interessantíssimas que nos levaram não só a aprender coisas novas, mas a questionar algumas que já trazíamos como verdades. Verdades estas quase que imutáveis, já que fazem parte de nossa cultura social e escolar e por tanto quase nunca mexíveis.
Esta cultura escolar que mistura falta de esperança, conformismo e arrogância é que colocou a classe dos professores em declínio e a dos decentes em fatal prejuízo. Segundo ARROYO, Miguel G. (Ofício de Mestre: Imagens e Auto-Imagens. 02. Ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 2000.)

"Certezas múltiplas protegem nossas tranqüilidades profissionais. Vêm do cotidia­no. Dá a segurança necessária para repetir ano após ano nosso papel. São os deuses que protegem a escola e nos protegem. Não constam em tratados de pedagogia, nem nos regulamentos, nem nos frontispícios das escolas. São certeza que não se discutem, tão ocultas no mais íntimo de cada mestre. Não afloram. Tão inúmeras que não dá para contá-las nas pesquisas. São nossas certezas. Garantem velhas mudanças. Com um termo mais na moda diríamos que essas certezas são a cultura escolar, a cultura profissional. São nossas crenças e nossos valores. Não se discutem se praticam com fiel religiosidade."

Cada disciplina, cada momento, cada atividade, cada dificuldade seja de compreensão, criação ou de tempo para conclusão, serviu de alguma forma para mexer com esta cultura, fazendo com que eu tivesse a oportunidade de rever meus erros e acertos, dando mais valor ao caminho que me conduziu a cada um. Gostaria de falar deste caminho de forma detalhada, mas compreendo e peço que também assim o façam, pois temos pouco tempo, tempo esse que tem se mostrado em todas as disciplinas não só como conteúdo, mas como um desafio em acompanhá-lo. Rápido, manhoso, confuso e ao mesmo tempo tão óbvio e democrático, pois passa para todos embora alguns sintam mais que os outros. Aí mora o segredo do tempo! Para os envolvidos, para os apaixonados, tem a velocidade da luz. Para os que o observam da janela, ele passa montado em um caracol!!

"O tempo tem tempo de tempo ser,o tempo tem tempo de tempo dar,ao tempo da noite que vai correr,o tempo do dia que vai chegar."
Ruy Barata

Por outro lado, estudamos, falamos e pensamos sobre o espaço. Ocupamos um espaço privilegiado de e estudo e conhecimento, agora temos que expor o conhecimento alcançado. Porém, diferente do tempo, temos todo o espaço necessário e imaginado, pois é momento de nos dedicarmos a um espaço virtual de aprendizagens, onde ao mesmo tempo em que registramos nossas memórias, como no velho diário da vovó, estamos expondo nossas alegrias, tristezas, vitórias e frustrações para quem desejar conhecê-las!
Podem nos faltar palavras, novidades ou tempo, mas o espaço é infinitamente nosso!

"O virtual usa novos espaços e novas velocidades, sempre problematizando e reinventando o mundo. Outro caráter que confere à virtualidade é o de sua passagem do interior ao exterior e do exterior ao interior (efeito Mochius). No virtual, explica ele, os limites de espaço não são mais dados e há um compartilhamento de tudo, tornando difícil distinguir o que é público do que é privado, o que é próprio do que é comum, o que é subjetivo do que é objetivo. "

LÉVY, Pierre. O que é virtual?
Trad. Paulo Neves. São
Paulo, Ed. 34, 1996. 157p.

JÁ É TEMPO DE ME JOGAR AO ESPAÇO...
SÓ ESPERO QUE ENCONTRE O CAMINHO DE VOLTA!!
VAMOS AS APRENDIZAGENS...?!

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