segunda-feira, 12 de julho de 2010

NONA POSTAGEM

Sabe-se que a Matemática faz parte de nossas vidas, estando presente nas diversas atividades que realizamos desde nosso nascimento. Trata-se de algo tão natural quanto respirar, falar, etc; inda que não tenhamos conciencia dessa influência.

Que o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas, são iniciadas muito antes de nossa vida escolar, através de nossas vivências e da superação de limites que vão acontecendo à medida que vamos nos desenvolvendo cognitivamente e fisicamente, desta forma, o ensino formal de matemática, deveria servir como potencializador dessas capacidades.

Na educação infantil, o objetivo do ensino de Matemática também é o de ensinar a resolver problemas, através de situações diversas da rotina escolar, nos jogos e brincadeiras, através das histórias e músicas, etc. Não havendo preocupação com o conhecimento formal dos conceitos da matemática, mas a construção de idéias básicas que possibilitem essa aquisição tais como contar, quantificar, estabelecer noções espaciais, etc; ampliando estes, através das interações com o meio e com as outras pessoas, priorizando o avanço do conhecimento das crianças em situações significativas de aprendizagem.

Assim como nos demais níveis de ensino, as atitudes dos professores podem influenciar nas atitudes positivas ou negativas de seus alunos, a partir da forma como são motivados, desafiados e avaliados, de como se trata o erro e como se fazem as interações com o grupo.

Mas no decorrer de todo o processo de estágio, retomando estudos anteriores, avaliando situações de sala e principalmente pensando nas falas de meu orientador de estágio, fiquei com sérias dúvidas quanto o ensino de matemática na educação infantil, mais específicamente em turmas de jardim, já que mesmo não sendo obrigação primeira, estamos sim a realizar um trabalho de preparação para o ensino fundamental e as crianças vem ao longo do tempo, adaptando-se e intergrando-se a cultura escolar. Desta forma, com as práticas desenvolvidas na educação infantil, não estaríamos distânciando as crianças de uma realidade eminente de educação, com experiências e fazeres completamente diferentes dos que lhes são oferecidos hoje?

Não tenho dúvidas quanto à necessidade de se trabalhar de forma lúdica, concreta, etc. Mas fiquei insegura quanto ao trabalhar apenas desta forma, ser ou não de fato um auxílio a crianças que no próximo ano terão mudança de escola, de colegas, de professores, de nível de ensino, de rotina escolar, de sistema de trabalho e avaliação.

Nós professores da educação infantil, não temos muitas orientações neste sentido, algumas informações são por vezes contraditórias e o ensino de matemática acaba ficando em segundo plano, na maioria das vezes subentendido nas realizações gerais dos professres, mas sabemos que culturalmente, nos demais níveis, a matemática tem um peso que costuma massacrar.




BIBLIOGRAFIA:

  • BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, 1998.
  • OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de (org.). Educação infantil: muitos olhares. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
  • BRITO, M.R.F. (org.). Psicologia da Educação Matemática. Florianópolis: Insular, 2001.






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